Financiar reforma pode ser boa opção para quem não pode pagar juros altos, diz Anefac

UOL

Foi aprovado, na última terça-feira (10), o Fimac (Financiamento de Material de Cosntrução). A nova linha de crédito, que utiliza os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), permitirá financiamentos de até R$ 20 mil com possibilidade de parcelamento em até 120 meses, independente da renda. Será que vale a pena?

“Seria ideal que o governo permitisse que o saldo do FGTS fosse usado para comprar os materiais, sem necessidade de contratar o financiamento”, opina o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira.

No entanto, segundo o especialista, é importante levar em conta que a linha é uma alternativa para quem não tem condições de construir ou reformar um imóvel, sem falar na taxa máxima de juros, que será de 12% ao ano. “No ponto de vista financeiro, é uma boa alternativa, por causa da taxa de juros que é menor perto de outros financiamentos existentes no mercado para materiais de construção”, comenta Oliveira.

Simulação
De acordo com a simulação feita pela Anefac, um financiamento de R$ 20 mil, no final de 10 meses, terá seu valor aumentado em 5,30%; enquanto que no final de 30 meses, o valor encarecerá 15,40%. Já quem optar por pagar o financiamento em 60 meses, deverá desembolsar 31,66% a mais pelo mesmo valor e, no caso dos financiamentos de 120 meses, o valor aumenta 68,03%. “Se fossem os juros normais encontrados no mercado, o consumidor, em três anos, teria dobrado os R$ 20 mil, enquanto que em 10 anos, com essa linha, ele não chega nem perto disso”, afirma o vice-presidente.

Na tabela abaixo como confere o impacto de diferentes prazos e valores do financiamento no bolso no consumidor:

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