Investidor precisa buscar fazer algo diferente”, diz fundador da Tarpon
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20/03/2012SÃO PAULO – Ao abrir o capital em 2007, a Tarpon Investimentos (TRPN3) sempre buscou como objetivo deixar de ser um fundo comum, para assim evitar os problemas que eles enfrentam, como por exemplo quando há uma forte fuga dos cotistas em momentos de crise, o que acaba reduzindo o patrimônio do fundo justamente quando as ações estão em patamares atrativos. “Buscamos duas coisas: flexibilidade e estabilidade de capital”, disse o fundador e sócio da empresa, José Carlos Magalhães.
E mais que um simples fundo, a empresa buscou ser menos generalista e mais especialista, além de se envolver mais com a gestão. Assim, fugindo de setores mal compreendidos ou que não apresentam um cenário melhor no espaço de tempo desejado pelo grupo. “A Tarpon quer estar junto das companhias”, disse Magalhães – que lembra que o fundo é acionista majoritário em algumas empresas.
Isso justifica a ausência de instituições financeiras na carteira do grupo. “Acredito que daqui20 a30 anos o cenário para os bancos só pode piorar. Mas claro, há instituições brasileiras excelentes e que estão muito baratas atualmente”, disse, lembrando que muitas delas estão com múltiplos interessantes.
Donos fortes
Isso não impediu que o grupo fosse ligado a empresas que possuiam “donos fortes”, como Hering (HGTX3), Arezzo (ARZZ3) e, mais recentemente, a Gerdau (GGBR4). “Uma empresa sem dono é problemática muitas vezes, as vezes vira império dos executivos. Mas é bom estar em empresas com donos que saibam do negócio. Por que eu discutiria com os controladores da Arezzo sobre coleções?”, destacou.
Isso não dilui a ideia, porém, de que é importante entender a empresa. “É importante para o acionista engajado compreender a empresa. Afinal, ter uma ação já é ser dono da empresa”, afirmou.