Agência Brasil: Pelo segundo mês, saques superam depósitos em caderneta de poupança
06/03/2012Reunião do Copom
06/03/2012A Tribuna da Bahia fez uma pesquisa envolvendo a tomada de empréstimo em financeiras pela cidade. O valor financiado, R$ 5 mil, para um aposentado, com renda de R$ 3 mil, seria pago a 18 parcelas de R$ 351,00 e ao final o aposentado estaria pagando R$ 6.318,00 e, se o mesmo valor de R$ 5 mil fosse quitado em 24 parcelas de R$ 281,15, pagaria ao final R$ 6.747,60.
Segundo o vice presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade, Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira. “Está sendo cobrado uma taxa de juros (CET) de 2,59% ao mês para 18 meses e de 2,55% ao mês para o financiamento em 24 meses”, diz.
Continuando com a pesquisa de tomada de empréstimo, só que para uma pessoa física, no mesmo valor, haveria uma sensível alteração. As 18 parcelas de R$ 517, ao final do financiamento teriam sido pagos R$ 9.306,00 e caso fossem 24 parcelas de R$ 450, terminaria pagando ao final do empréstimo R$ 10.800,00. Oliveira destaca os juros cobrados.
“Nesse caso a financeira está cobrando uma taxa de juros (CET) de 7,55% ao mês para 18 meses e de 7,36% ao mês para o financiamento em 24 meses.”, avisa. Em outra simulação, o mesmo financiamento de R$ 5 mil, só que para aposentado está sendo calculado a 18 vezes de R$ 354, também a 24 parcelas de R$ 284 e 58 vezes de R$164.
Segundo o vice presidente da Anefac, a financeira está cobrando uma taxa de juros (CET) de 2,69% ao mês para 18 meses, de 2,64% ao mês para o financiamento em 24 meses e de 2,49% ao mês para o prazo de 58 meses. Miguel de Oliveira chama atenção para a questão de empréstimos.
“As melhores alternativas são na linha de crédito consignado sejam em bancos ou nas financeiras uma vez que têm a garantia do salário/benefício. Neste caso a taxa de juros média praticada é de 2% ao mês. Nas linhas de empréstimo normal sem a garantia dos salários a taxa média gira em torno de 4,00% ao mês e no cartão de crédito a pior alternativa sendo a taxa de juros mais alta do país com uma taxa de juros média de 10, 69% ao mês o que correspondem a uma taxa de juros de 238,30% ao ano”, explica.
Ele aconselha aqueles que se encontram endividados a renegociar dívidas. “A melhor opção é renegociar com o credor de forma que ele consiga pagar ou pegar um empréstimo consignado”, cita e acrescenta: “Elabore um orçamento doméstico como forma de definir quais são as suas reais necessidades e planejar todos os seus gastos considerando sem-pre a sua renda disponível e não a renda disponível mais crédito, ou seja os seus gastos têm que caber dentro de seu salário.
Preferencialmente gaste menos do que tem de renda como forma de fazer uma reserva financeira para fazer frente a eventuais gastos extras não previstos ou até para planejar a compra de algum bem no futuro. Lembre-se que toda a vez que você gasta mais do que ganha ou ficará inadimplente e com isso sujeita a todas consequências de ter o nome negativado”, frisa.