Farmácia Magistral e Drogaria: estabelecimentos e regras diferentes
27/04/2012Prática da dispensação ativa beneficia pacientes
27/04/2012Os medicamentos previnem, melhoram ou curam os sintomas de inúmeras doenças quando prescritos, aviados e utilizados de forma adequada. Assim, deve ficar claro para toda a população que o sucesso de um tratamento médico depende de o paciente, e/ou seu cuidador, seguir as recomendações prescritas e utilizar o medicamento conforme a orientação recebida.
Na hora de adquirir qualquer medicamento, o consumidor deve solicitar e prestar atenção na orientação farmacêutica, pois como estabelecimentos de saúde, as farmácias têm o dever de prestar esse serviço. As farmácias magistrais, ou de manipulação, observam os mesmos cuidados para o atendimento das formulações de medicamentos e de outros produtos para a saúde.
O medicamento manipulado está sob cuidado de um rigoroso conjunto de regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que coordena o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) do Ministério da Saúde e ao qual estão relacionadas todas as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios, responsáveis pela importante e regular inspeção sanitária.
As normas e legislações sanitárias para as farmácias magistrais buscam garantir segurança, eficácia e qualidade. Isto é obtido graças a um sistema de garantia da qualidade, que inclui controle de matérias-primas e embalagem, monitoramento do processo de manipulação das formulações, qualificação de fornecedores, treinamento de funcionários, entre outros requisitos, no atendimento à população.
Quais os cuidados na hora da compra?
– Na farmácia magistral há um ou mais farmacêuticos disponíveis para esclarecer as dúvidas do consumidor e orientá-lo em relação ao seu tratamento.
– Como em qualquer estabelecimento de saúde, a limpeza e o bom estado de conservação da estrutura física da farmácia magistral estão previstas pelas Boas Práticas de Manipulação determinadas pela ANVISA (Agência Nacional de Saúde).
– Segundo as recomendações do Código de Ética Farmacêutica, das Leis Sanitárias e do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, o rótulo do medicamento deve informar o nome do paciente e do profissional de saúde prescritor; número de registro na farmácia, datas de manipulação e de validade do produto; descrição da fórmula com os nomes das substâncias ativas, segundo a Denominação Comum Brasileira (DCB), e respectivas dosagens; modo de uso; quantidade solicitada do medicamento; posologia (modo de usar o produto); nome, endereço, CNPJ e telefone da farmácia ; nome do farmacêutico responsável e número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia.
– O estabelecimento oficial, legalmente reconhecido para a venda de produtos manipulados é a farmácia magistral. Portanto, não compre produtos manipulados em drogarias, consultórios médicos, clínicas de estética, SPAs ou academias.
– O valor do medicamento pode variar de acordo com o estabelecimento. Porém, não use apenas o preço como critério de escolha e não permita que sua receita seja enviada diretamente do consultório ou clínica para uma farmácia. Você tem o direito de livre escolha.
– Caso você não conheça uma farmácia magistral, solicite ao seu prescritor a indicação de pelo menos três estabelecimentos.
Conheça o farmacêutico
Seguir a prescrição médica é sempre mais fácil se o paciente solicita a ajuda de um farmacêutico, pois ele é o profissional capacitado para prestar orientações e informações corretas sobre medicamentos e outros produtos de saúde, além de modos de usar, reações adversas, interações medicamentosas e alimentares. Assim como o paciente tem seu médico de confiança, deve ter um farmacêutico.
Perguntas que podem ser feitas ao farmacêutico
– Para que serve este medicamento?
– Como devo armazená-lo?
– Posso tomar este medicamento com outros medicamentos?
– Devo alterar minha dieta ou posso consumir os mesmos alimentos?
– Como devo tomar o medicamento?
– Por quanto tempo devo tomar o medicamento?
– Quando devo parar de tomar o medicamento?
– Quais precauções devo tomar quando estiver usando o medicamento?
– Quais reações adversas poderão ocorrer?
– Se meus sintomas não desaparecerem, quanto tempo devo esperar para informar ao prescritor?
Quais as vantagens do medicamento magistral?
Associação de medicamentos:
Alguns pacientes precisam ser tratados com vários medicamentos ao mesmo tempo. Para facilitar o tratamento, o profissional de saúde habilitado pode prescrever a manipulação de uma fórmula que possibilite a associação das várias substâncias necessárias, o que pode traduzir-se em comodidade, economia, maior possibilidade de atendimento ao que foi prescrito e melhor adesão ao tratamento proposto.
Medicamentos não disponíveis:
Alguns tratamentos requerem medicamentos que não existem ou que estão em falta no mercado na forma industrializada. A farmácia magistral pode atender à prescrição manipulando o produto, evitando, assim, que o tratamento seja interrompido, o que poderia agravar ou comprometer a saúde do paciente. Além disso, certos medicamentos industrializados podem, por diversos motivos, ser retirados do mercado. Com o medicamento manipulado, o paciente não precisa interromper o seu tratamento, além de respeitar o profissional prescritor, mantendo acessível uma formulação de seu interesse e de interesse dos seus pacientes.
Formas farmacêuticas diferenciadas:
O paciente pode necessitar de apresentações não disponíveis em medicamentos industrializados. Há casos, por exemplo, em que o paciente tem dificuldade de deglutir cápsulas ou comprimidos e, por isso, necessita de medicamentos líquidos. A manipulação possibilita que o profissional de saúde habilitado prescreva formas farmacêuticas diferenciadas e adequadas às necessidades de cada paciente. Atualmente, existem medicamentos em forma de balas, pirulitos, géis transdérmicos, soluções para inalação, entre outros.
A dose certa para a pessoa certa:
A farmácia magistral oferece medicamentos sob prescrição em doses diferenciadas para atender às necessidades de cada paciente. Este diferencial é importante, principalmente para alguns grupos especiais de pacientes, como: idosos, prematuros, crianças, portadores de doenças renais ou hepáticas, entre outros, e nos casos onde não há a dosagem necessária na forma industrializada.
Segurança:
A farmácia magistral segue as normas de Boas Práticas de Manipulação determinadas pela Anvisa (Agência Nacional de Saúde), ou seja, a qualidade das matérias-primas, dos materiais de embalagens utilizados e do processo de manipulação é rigorosamente controlada.
Economia e preservação do meio ambiente:
O produto manipulado é prescrito na quantidade e na dosagem exatas para o seu tratamento, evitando desperdícios e o descarte de resíduos que contaminem o meio ambiente.
Rótulo personalizado:
O rótulo do medicamento manipulado contém informações que diminuem riscos, como a troca ou o consumo inadequado por outras pessoas.
Pacientes alérgicos e/ou intolerantes:
Alguns aditivos utilizados tanto nos medicamentos manipulados quanto nos industriais podem causar a lergia e/ou intolerância em determinados grupos de pacientes. A farmácia magistral proporciona a manipulação dos medicamentos sem estes aditivos para grupos especiais de pacientes, ou sempre que solicitado.
Interação prescritor-farmacêutico:
Visando esclarecer dúvidas que garantam a qualidade do produto prescrito para a recuperação da saúde do paciente, sempre que necessário, há um contato entre o farmacêutico e o prescritor, seja este médico ou qualquer outro profissional habilitado.
Anfarmag dispõe de Manual do Consumidor da Farmácia Magistral
A 4ª edição do Manual do Consumidor da Farmácia Magistral da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais) auxilia os pacientes na utilização correta dos medicamentos para se obter o resultado esperado em tratamentos médicos. No Rio Grande do Sul, o material pode ser consultado nas farmácias de manipulação associadas à entidade. Para saber onde encontrar, contate a sede da Anfarmag Regional RS pelo fone 51.3325-9709.
A publicação ressalta que é imprescindível seguir as recomendações prescritas como doses e horários e recomenda aos pacientes ou cuidadores que recorram ao farmacêutico ao ter qualquer dúvida sobre composição e posologia, pois é seu dever prestar orientação como um profissional de saúde.
Além de sugerir um índice com as principais perguntas que devem ser feitas ao farmacêutico ao aviar uma receita, o manual oferece recomendações sobre tratamentos e garantias de saúde e auxilia na interpretação da receita.
Os consumidores também encontram respostas para dúvidas comuns como tomar medicamento em jejum, interrupção do tratamento, consumo de bebidas alcoólicas e alertas sobre automedicação.