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08/05/2012Mudanças anunciadas pelo governo botam investimento em dúvida .
Para quem já tinha dinheiro aplicado, rendimento continua de 6% + TR.
Em abril, os depósitos nas cadernetas de poupança superaram os saques em quase R$ 2 bilhões. Foi o maior saldo líquido para o mês em cinco anos. A expectativa agora é sobre como será o desempenho das cadernetas. A partir das mudanças anunciadas pelo governo na semana passada, a preocupação do pequeno investidor é saber qual investimento vale mais a pena.
As dúvidas da empresária Denise Bósio são as de muitos brasileiros. Com as alterações feitas pelo governo, a caderneta de poupança continua uma boa aplicação? Quando outros investimentos podem ser melhores?
Há quatro anos, Denise deposita, em média, R$ 1.000 por mês em uma conta poupança em nome da filha Beatriz. É um investimento de longo prazo. “Eu fiz a poupança assim que a Beatriz nasceu, para poder dar um futuro, para poder ter um dinheirinho para ela guardado, sem a gente estar gastando ou correr algum disco de estar perdendo esse dinheiro”, diz.
Para esclarecer essas dúvidas, um economista da Associação de Especialistas em Finanças (Anefac) fez um estudo comparando os rendimentos da poupança antiga com os da nova, de aplicações em renda fixa e no tesouro direto. O cálculo foi feito imaginando-se que a taxa básica de juros, a Selic, caia dos atuais 9% para 8,5% ao ano, nível em que começa a valer a nova fórmula de cálculo da poupança.
Para quem já tinha dinheiro depositado na poupança antes do dia 4 de maio, o rendimento continua sendo de 6% ao ano mais a variação da TR. Ou seja, R$ 1.000 vão se transformar em R$ 1.062,68 em 12 meses. Quem depositar agora na nova poupança vai ter, ao final de ano, R$ 1.060,50.
Em renda fixa, o aplicador vai pagar taxas de R$ 27,25 e terá, em um ano, R$ 1.057,75. Para quem comprar títulos públicos via tesouro direto, o saldo será de R$ 1.043,94. O economista diz que, mesmo em um cenário de juros baixos, a poupança continua sendo atraente. Nas outras aplicações, o investidor tem que negociar para pagar taxas menores a bancos e corretoras. “Para quem pensa no longo prazo, não vale a pena ficar pulando de aplicação para aplicação”, afirma Storfer.
Denise entendeu a explicação e, como pensa em longo prazo, já decidiu. “Pretendo continuar na poupança porque, desse jeito, vou me sentir mais segura”, diz.