Estadão: Fundo com taxa alta perde da poupança
04/05/2012Anefac: Simulações com as mudanças nas regras da poupança
07/05/2012Novas regras da poupança valerão para depósitos e cadernetas a partir de hoje
As novas regras da poupança não devem preocupar os brasileiros que já têm dinheiro aplicado em caderneta. O governo federal ressaltou que não haverá rompimento de contrato entre bancos e correntistas. As alterações anunciadas vão valer apenas para os depósitos feitos e para as contas abertas a partir desta sexta-feira (4).
Ao explicar o novo cálculo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que estão mantidos os demais direitos dos aplicadores, como isenção de Imposto de Renda, possibilidade de resgate a qualquer momento e garantia dos depósitos até R$ 70 mil, em caso de quebra do banco.
— [Não há] usurpação de direitos, não há portanto nenhum prejuízo para os atuais detentores de cadernetas. As poupanças continuarão com versatilidade e facilidade que têm hoje.
Segundo ele, os atuais correntistas podem se considerar premiados porque continuarão com uma aplicação rendendo conforme a remuneração antiga.
O critério atual de remuneração da poupança — de 6,17% ao ano mais variação da TR (Taxa Referencial) — vai ser substituído pela variação da TR mais 70% da Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos.
Atualmente, a Selic está fixada em 9% ao ano.
Pelas regras anunciadas pelo ministro da Fazenda, quem tem uma caderneta de poupança terá o saldo corrigido de duas formas: pelo rendimento tradicional, para o dinheiro guardado até hoje e pela nova regra, para os futuros depósitos.
Como a Selic ainda não está abaixo de 8,5% ao ano, por enquanto não haverá mudança alguma para os aplicadores.
A mudança na remuneração da poupança vai permitir que o governo continue a baixar os juros sem que os grandes investidores se sintam estimulados a migrar para a poupança e deixem de comprar títulos públicos.
Também ampliará o alcance da política monetária, à medida que os aplicadores se sentirão estimulados a guardar dinheiro na poupança quando o Banco Central aumentar os juros básicos e a gastar recursos da caderneta em momentos de queda da Selic.
A dívida pública é uma prática essencial na administração das contas do governo. Por meio da emissão de títulos públicos, o governo pega recursos emprestados de investidores para honrar compromissos de curto prazo.
Em troca, o Tesouro Nacional compromete-se a devolver o dinheiro, acrescido de alguma correção, que pode ser definida com antecedência (no caso dos títulos prefixados) ou seguir a Selic, a inflação ou o câmbio.
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Fonte: Anefac *Considerando rendimento anual de 5,91% na poupança (70% da Selic) **Foram consideradas cinco taxas de administração |
http://noticias.r7.com/economia/noticias/governo-tenta-tranquilizar-antigos-poupadores-20120504.html