G1: Com queda da Selic, poupança tem menor ganho da história, diz Anefac
30/08/2012Conjur: Comissão do Senado aprova projeto sobre crime cibernético
30/08/2012Estudo mostra efeito reduzido sobre crédito e investimentos; poupança ainda é atrativa.
Priscila Dadona
pdadona@brasileconomico.com.br
O impacto da queda da taxa de juros nos investimento e empréstimos destinados à pessoa física é pequeno, segundo estudo realizado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). O levantamento mostra que, com a Selic a 7,5% ao ano, a redução dos juros em linhas como cartão de crédito, empréstimo pessoal, financiamento de veículos etc, é de 0,65% ao mês de de 0,89% ao ano, em média. “Seja qual for a redução da Selic, pouco impacto terá nas taxas de juros das operações de crédito”, afirma Miguel de Oliveira, coordenador da Anefac. Nos rendimentos, a história se repete. A redução em 0,5 p.p pelo Copom gera uma redu- ção de rentabilidade de apenas 0,03 p.p. ao mês na caderneta de poupança. No entanto, para a Anefac isso não muda o fato de a caderneta ainda ser o mais interessante investimento em tempos de juros reduzidos. Isso porque a modalidade rende 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR) ao ano e não sofre qualque r tributação, diferentemente dos fundos de renda fixa, que cobram imposto de renda sobre rendimentos, além da cobran- ça da taxa de administração. Como exemplo, um fundo com taxa de administração de 1% (considerado um custo bastante atrativo) rende cerca de 0,44% ao mês, enquanto na caderneta, mesmo com as novas regras, o ganho mensal é de 0,45%. Para Fabio Gallo, professor de Finanças da FGV-SP e da PUC -SP, quem possui poupança não vale a pena sacar. “Não vai compensar mesmo migrar os recursos, por isso, os bancos e gestoras de recurso terão de rever as tarifas cobradas nos fundos de investimento”, acredita. O professor dá como dica de investimento os títulos do governo atrelados à inflação, como os NTN-Bs, que pagam em média 2,5% mais 4% de IPCA, e os fundos imobiliários. “Os fundos imobiliários são uma saída para quem gosta de segurança. O investidor não paga IR, só tem de prestar atenção com a liquidez mais baixa.”
”Brasil Econômico – Versão Digital)