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01/10/2012O Banco Central divulgou hoje o seu Relatório de Política Monetária referente ao mês de agosto/2012. Deste relatório, o coordenador de Estudos Economicos da ANEFAC – Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, analisou como se comportaram os cinco principais indicadores: Volume de crédito, Taxas de juros, Spreads, Prazo médio dos financiamentos e Inadimplência. Leiam a análise abaixo.
ANALISE ANEFAC RELATORIO DE POLÍTICA MONETÁRIA
Em agosto/2012 sobre julho/2012 dos cinco indicadores acima uma apresentou estabilidade (Inadimplência) e quatro apresentaram melhora (volume de crédito, taxa de juros, spread e prazo médio de financiamentos).
1) VOLUME DE CRÉDITO
O volume total de crédito do sistema financeiro (recursos livres e recursos direcionados atingiu em agosto/2012 R$ 2.211.034 milhões contra R$ 2.184.615 milhões em julho/2012 e R$ 1.890.020 milhões em agosto/2011 um crescimento de 1,2% no mês, crescimento de 8,9% no ano de 2012 e de 17,0% em 12 meses. Este volume representa hoje 51,0% do PIB contra 50,8% em julho/2012 e de 46,6% em agosto/2011, um volume ainda baixo quando comparado às principais economias do mundo que têm médias acima de 100,0%.
Operações de Crédito – com recursos livres
O volume de crédito no segmento de recursos livres (que as instituições financeiras emprestam livremente) atingiu R$ 1.162.509 milhões em agosto/2012 contra R$ 1.150.265 milhões em julho/2012 e de R$ 995.908 milhões em agosto/2011, um crescimento de 1,1% no mês, crescimento de 9,6% no ano de 2012 e de 16,7% em 12 meses.
2 – TAXAS DE JUROS
As taxas de juros das operações de crédito com recursos livres foram reduzidas em agosto/2012, atingido as mesmas 30,1% ao ano contra 30,7% ao ano em julho/2012, uma redução de 0,6 ponto percentual no mês. No ano de 2012 as mesmas apresentam uma redução de 7,0 pontos percentuais e em 12 meses uma redução de 9,6 pontos percentuais.
3 – SPREAD
O spread bancário (diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas de juros cobradas dos clientes) teve uma redução em agosto/2012 atingindo 22,5% ao ano contra 23,0% ao ano em julho/2012, uma redução de 0,5 ponto percentual no mês. No ano de 2012 houve uma redução de 4,4 pontos percentuais e em 12 meses uma redução de 5,3 pontos percentuais.
4 – PRAZO MÉDIO DOS FINANCIAMENTOS
Os prazos médios dos financiamentos apresentaram em agosto/2012 uma elevação de 3 dias atingindo 507 dias contra 504 dias em julho/2012. No ano de 2012 apresenta uma elevação de 10 dias e em 12 meses de 14 dias.
5 – INADIMPLÊNCIA
A inadimplência geral considerando-se (tudo que está vencido a mais de 90 dias) ficou estável em agosto/2012 atingindo 5,9% do total de empréstimo mesmo percentual de julho/2012. No ano apresenta uma elevação de 0,4 ponto percentual e em 12 meses uma elevação de 0,6 ponto percentual.
Em suma o relatório deste mês demonstra que já houve uma melhora nas condições de crédito seja pelo maior volume emprestado bem como uma melhora nas condições destes empréstimos seja pelo aumento dos prazos dos financiamentos sejam pela redução das taxas de juros e respectivos spreads bancários provocados pela redução da Taxa básica de juros (SELIC) bem como pela maior competição no sistema financeiro.
Estes resultados agregado ao fato da inadimplência ter tendência de queda daqui para a frente deverá fazer um segundo semestre melhor nas condições do crédito no país.
Miguel José Ribeiro de Oliveira
Coordenador de Estudos Economicos da ANEFAC
RESUMO – RECURSOS LIVRES
1 – VOLUME DE CRÉDITO
Pessoa Física – Houve uma melhora
Pessoa Jurídica – Houve uma melhora
Geral – Houve uma melhora
2 – TAXAS DE JUROS
Pessoa Física – Houve uma melhora
Pessoa Jurídica – Houve uma melhora
Geral – Houve uma melhora
3 – SPREAD
Pessoa Física – Houve uma melhora
Pessoa Jurídica – Houve uma melhora
Geral – Houve uma melhora
4 – PRAZO DOS FINANCIAMENTOS
Pessoa Física – Houve uma melhora
Pessoa Jurídica – Houve uma piora
Geral – Houve uma estabilidade
5 – INADIMPLÊNCIA
Pessoa Física – Houve uma estabilidade
Pessoa Jurídica – Houve uma piora