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14/11/2012Pode parecer fácil, mas abrir um negócio na internet requer dedicação e preparo para enfrentar o desafio. Para não perder tempo e investimento, algumas dicas podem ser valiosas na hora de montar um empreendimento virtual.
O Terra conversou com Márcio Cots, advogado especializado em tecnologia da informação, do escritório Cots Advogados, de São Paulo, e com Evandro Paes dos Reis, professor da Business School São Paulo (BSP). Os especialistas listaram dicas de como abrir um negócio na internet.
1) Filosofia da internet
Segundo o professor da BSP, não há receita certa que defina se um negócio será viável ou não no meio eletrônico. No entanto, a ideia do empreendimento deve, no mínimo, estar de acordo com os pilares da “filosofia da internet”. “A conquista e manutenção do cliente, a venda do produto ou serviço e a entrega devem depender totalmente da internet. É isso que diz a ¿filosofia da internet¿. Claro que, na situação de venda de produtos, a entrega dependerá de outros meios, mas a venda e a conquista do cliente devem ser totalmente online”, afirma.
2) Qualidade da plataforma
O empreendedor deve se preocupar em lançar uma plataforma tecnológica de qualidade, que possa dar suporte e atender à demanda dos internautas. Evandro afirma que algumas empresas acabam sendo vítimas de seu próprio sucesso. “Se a ideia do empreendedor der certo, mas a plataforma não suportar o número de acessos ou a demanda dos consumidores, ele corre o risco de colocar um bom negócio a perder, explica.
3) Know-how
Dominar as tecnologias é vital para o empreendedor que quer entrar no meio. “Não adianta só entender do negócio, o empreendedor deve ter conhecimento em tecnologia. Caso essa não seja a área dele, o ideal é ter sócios que tenham essa experiência”, indica o professor da BSP.
4) Investimento
De acordo com Evandro, o investimento inicial para a abertura de um negócio na internet não deve ser alto. “O empreendedor deve investir até o protótipo. Quando o negócio já estiver no ar, ele vai mensurar se vale a pena ou não dar continuidade aos investimentos e quais as modificações que o projeto precisa sofrer.”
5) Abertura da empresa
Para Márcio, muitas operações online acabam tendo início antes que a empresa seja oficialmente criada, mas há um grande risco nessa decisão. Quando o negócio não existe na formalidade, o empresário se torna responsável, como pessoa física, por todas as dividas e complicações que possam aparecer no futuro. Deste modo, todos os seus bens pessoais estarão à disposição.
Na formação da empresa, o empreendedor deve registrar todos os sócios. O contrato assegura os direitos e deveres dos envolvidos.
6) Planejamento tributário
O advogado alerta para a escolha do regime tributário que a empresa vai se enquadrar. É importante o empreendedor fazer algumas análises antes de tomar a decisão. “Não existe uma receita certa, cada negócio tem suas especificidades. Cabe ao empreendedor enxergar onde ele se encaixa”, afirma. “Por exemplo, para o empreendedor que sabe que no primeiro ano de empresa ele terá mais investimento do que lucro, o ideal seria optar pelo sistema de lucro real.”
7) Propriedade intelectual
O empreendedor deve se preocupar em registrar a marca que ele cria e os materiais que usa no site. O uso de fotos, textos e outros materiais sem autorização é proibido e pode afetar a empresa, explica Márcio. E a falta de registro da marca pode fazer com que o empreendedor perca uma ideia inovadora.
8) Análise do risco jurídico
Algumas ideias muito boas podem acarretar problemas jurídicos. Márcio indica que o empreendedor procure um advogado para saber se o negócio é juridicamente viável e quais seriam as vulnerabilidades que o modelo teria perante a lei.
9) Quadro de funcionários
Segundo o advogado, outro pecado cometido pelas pequenas empresas que apostam na internet é a irregularidade no momento de contratar funcionários. “Existem maneiras de contratar sem tantos encargos e dentro da lei, como por meio de cooperativas. Nesse meio existe um alto índice de mão de obra irregular e isso pode prejudicar a empresa.”
10) Agregar valor ao negócio
Para Márcio, estar dentro da lei vai muito além de obedecer normas. Todos esses cuidados agregam valor ao negócio e o tornam mais confiável, tanto para o consumidor, quanto para possíveis investidores. “Imagine que um empreendedor possua um negócio na internet muito promissor e que alguns investidores se interessem pela ideia. Se ele estiver com irregularidades, não vai conseguir a oportunidade”, finaliza o advogado.