GOVERNO DO MARANHÃO MANOBRA PARA DAR CALOTE EM CREDORES DO ESTADO
28/02/2013Folha de S. Paulo: Cenário de crédito imobiliário é bom para renegociar dívida de imóvel
11/03/2013Taxas de juros baixas transformam obras em ativos mais atraentes para investidores
Um setor ainda sem dados oficiais no Brasil, mas que, de acordo com estimativas de especialistas, movimenta mais de R$ 200 milhões por ano.
Informações concretas, somente do volume de exportações do mercado primário: US$ 60 milhões (cerca de R$ 120 milhões) em 2011, de acordo com dados da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Apenas as empresas que trabalham nesse mercado primário do setor cresceram 44% em 2010 e 2011.
Esse é o perfil do mercado de arte brasileiro, que se consolidou na última década.
“Em 2004, passava 30 dias sem que entrasse alguém na galeria. Você conhecia todos os compradores. Hoje aparece gente que você não conhece e todo dia tem visitação”, diz Alessandra d’Aloia, sócia da galeria Fortes Vilaça.
A arte se expandiu e ultrapassou a esfera cultural, transformou-se em investimento.
“Com a queda dos juros, muita gente está vendo a arte como uma reserva de valor. Existe, sim, esse movimento, e ele é internacional”, diz o advogado Pierre Moreau, sócio da Casa do Saber, que organiza um curso sobre o mercado de arte.
O setor, porém, tem incertezas como a Bolsa: há ativos com maior ou menor liquidez e sobe e desce de preços.
“Artistas modernos costumam desvalorizar menos, pois a crítica já estabilizou sua opinião. Pode ser uma opção para quem quer uma reserva de valor”, afirma Moreau.
“As [opiniões sobre] obras contemporâneas estão sendo formadas e os trabalhos podem sofrer grandes valorizações, mas também desvalorizações. Isso tudo ainda sofre alterações. Não podemos colocar como definitivo”, diz.
“Não é um negócio tão simples para investir. O mercado não tem liquidez imediata. Tem que estar envolvido com galeristas e conhecer os profissionais. Os trabalhos de um artista, por exemplo, precisam estar em galerias importantes para que uma determinada obra dele ganhe rentabilidade”, diz d’Aloia.
O leiloeiro Aloísio Cravo, especializado em pintura brasileira, porém, afirma não conhecer um investidor de arte “como figura fria”.
“Ele sempre tem alguma relação com a obra. Não é verdade que alguém compra uma obra só porque é um bom negócio. Primeiro, a pessoa se interessa pela arte, depois, como ela é um ativo, ele vai perguntar sobre como é o mercado”, diz Cravo.
com JOANA CUNHA, LUCIANA DYNIEWICZ, RONALDO PASCHOALINO e VENCESLAU BORLINA FILHO