G1: Juros ao consumidor têm leve queda em março, aponta Anefac
18/04/2013Folha de S. Paulo: Saiba como investir com perspectiva de alta do juro básico, a taxa Selic
18/04/2013Mas previsão da Anefac é que taxas voltem a subir se a Selic for elevada
SÃO PAULO – Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai decidir sobre os juros básicos da economia (a Selic), as taxas de juros cobradas dos consumidores mostraram leve queda em março, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Das seis linhas de crédito pesquisadas, o juro cobrado no cartão de crédito se manteve inalterado, enquanto as taxas do comércio, do cheque especial, do financiamento de automóveis, dos empréstimos pessoais nos bancos e das financeiras recuaram. Na média, os juros cobrados em operações de crédito para pessoas físicas recuaram 0,02 ponto percentual o equivalente a 0,37%, segundo a Anefac, passando de 5,42% ao mês para 5,40%, o equivalente a 87,97% ao ano.
O levantamento da Anefac mostrou que o juro do comércio caiu de 4,02% para 4%, entre fevereiro e março. No cartão de crédito, a taxa se manteve estável em 9,37%. No cheque especial, houve redução de 7,75% para 7,72%. Nas linhas de crédito diretas ao consumidor para financiamento de automóvel, o juro caiu de 1,54% para 1,52%. Nos empréstimos pessoais de bancos e financeiras, houve redução de 2,92% para 2,91% e 6,94% para 6,88%, respectivamente.
Desde que o Banco Central começou a reduzir a taxa de juro Selic, entre julho de 2011 até os atuais 7,25% ao ano, houve uma redução de 5,25 ponto percentuais (o equivalente a 42%). No mesmo período, a taxa de juro no crédito ao consumidor nessas seis linhas de crédito teve uma redução de 17,45 pontos percentuais (ou 28,59%), caindo de 61,03% para 43,58% ao ano.
Para a Anefac, com a alta da inflação nos últimos meses, e principalmente pelo fato de o IPCA tem ultrapassado o teto da meta – de 6,5% – estabelecido pelo governo, deverá ocorrer uma alta da Selic na reunião do Copom desta terça e quarta-feiras. Por isso, a Anefac espera uma alta nas taxas de juros ao consumidor nos próximos meses, interrompendo uma sequência de quatro baixas consecutivas, avalia o coordenador da pesquisa e diretor de estudos econômicos da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira.