Folha de S. Paulo: Taxa média de juros ao consumidor se mantém estável em maio
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14/06/2013- Na média, juro ficou em 5,43% ao mês, apurou Anefac. Alta da Selic ainda não se refletiu
SÃO PAULO – As taxas de juros das linhas de crédito ao consumidor permaneceram estáveis em maio, apesar da elevação de 7,5% para 8% da taxa Selic, feita pelo Banco Central na última semana do mês. A pesquisa de juro mensal feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) constatou que, na média, em seis linhas de crédito pesquisadas a taxa ficou em 5,43% mesmo patamar de abril. Anualizada, a taxa de juro média chega a 88,61%, o menor patamar desde março deste ano.
Segundo a Anefac, houve recuo de juros cobrados pelo comércio, no cheque especial e nas linhas de financiamento oferecidas pelos bancos para financiamento de automóveis. Já em duas modalidades de crédito, como empréstimos pessoais nos bancos e nas financeiras, a taxa de juro foi elevada. Apenas no rotativo do cartão de crédito o juro ficou inalterado. Isso resultou numa taxa média de juro estável em maio.
– A elevação da Selic ocorreu somente no dia 29 de maio. Portanto, esta alta ainda não afetou as taxas de juros das operações de crédito do mês passado – explica o diretor executivo de estudos econômico da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Para Oliveira, a alta da inflação, que nos últimos 12 meses chegou ao teto da meta do governo (de 6,5%), deve fazer com que o BC faça nova elevação da Selic.
– Por isso, é provável que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses – acredita Oliveira.
Entre julho de 2011 e maio de 2013, a Selic caiu 4,5 pontos percentuais, de 12,50% para 8% ao ano atualmente. No mesmo período a taxa de juro no crédito à pessoa física teve uma redução de 32,60 pontos percentuais, passando de 121,21% ao ano para os atuais 88,61%.
Veja como ficaram os juros do crédito em maio:
Cheque especial – Passou de 7,70% para 7,68% (queda de 0,26%)
Juro do comércio – Passou de 4,10% para 4,08% (queda de 0,49%)
Financiamento de automóveis – Passou de 1,54% para 1,53% (queda de 0,65%)
Cartão de crédito – Ficou estável em 9,37%
Empréstimos pessoais em financeiras – Subiu de 6,91% para 6,92% (alta de 0,14%)
Empréstimos pessoais em bancos – Subiu de 2,94% para 2,97% (alta de 1,02%)