Diário do Acionista | A covid-19 e o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato público
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02/05/2021Confiança de serviços sobe 4,1 pontos em abril
30/04/2021 11:16
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 4,1 pontos na passagem de março para abril, depois de três quedas consecutivas. Com isso, o indicador chegou a 81,7 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, sendo que resultados cima de 100 pontos indicam confiança.
Houve alta na confiança de empresários de 12 dos 13 segmentos de serviços pesquisados no país. O Índice de Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, cresceu 0,4 ponto e atingiu 74,8 pontos.
O Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresariado no futuro, subiu 7,4 pontos e chegou a 88,7 pontos.
A Confederação Nacional de Serviços (CNS) apurou que a inflação em março no setor de serviços foi de 0,12%. De acordo com o texto isso ocorreu com a elevação da flexibilização das medidas de isolamento com aumento de consumo, medido pelo IPCA, de 0,93% em março, acelerando em relação a fevereiro 0,86%. Em relação ao nosso número, combustíveis e bens industriais foram os motivos da surpresa baixista. Já em comparação ao mês anterior, a maior parte da aceleração do IPCA foi explicada pelos preços administrados, principalmente gasolina e gás de cozinha, além de reajustes tarifários de energia elétrica. Adicionalmente, o aumento da inflação de serviços subjacentes refletiu a alta de alimentação fora do domicílio; por outro lado, os bens industriais desaceleraram moderadamente, de forma que a média dos núcleos arrefeceu de uma alta de 0,51% para outra de 0,41% entre fevereiro e março A inflação de serviços foi de 0,12%, o resultado ainda ficou, abaixo do IPCA, que foi de 0,93% no mês, pressionado pelos preços dos alimentos, confirmando a recuperação mais lenta do setor, que tem se mostrado o mais impactado pela pandemia.
Segundo a CNS, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,93% em março. No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 6,10%. Mesmo que a inflação de alimentos venha se prolongando o que afeta, sobretudo, as famílias mais pobres, esse caráter temporário segue no cenário dos analistas. O mesmo vale para a conta de luz, já que a taxa adicional da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se deve ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas por falta de chuvas. Mas, no mesmo cenário em que a inflação sobe embora possa vir a se reduzir dentro de algum tempo, a atividade econômica se desacelera, a produção dá sinais de desorganização com o descompasso entre demanda e oferta de insumos em diversos segmentos, a taxa de desemprego permanece muito alta, o número de mortes diárias pela covid-19 bate recordes e a vacinação continua a patinar.
“E as principais autoridades do país parecem nada disso ver, é preocupante, ou seja, os alimentos subiram menos porque provavelmente a população está se alimentando menos. Se verdadeira, será uma constatação deprimente num país extremamente desigual e com número crescente de pessoas em situação de extrema pobreza.
A provável causa dessa diminuição, porém, preocupa. Pode ser que a suspensão do pagamento do auxílio emergencial no primeiro trimestre, associada a medidas mais rigorosas para conter a pandemia, tenha comprimido a demanda por alimentos. A situação, porém, não merece comemoração, mesmo estando distante de um quadro de crise. A pandemia, cujo controle exigiu severas restrições à aglomeração de pessoas e a todas as atividades econômicas, levou à forte redução da inflação, mas a queda se acentuou a partir de março, mês em que a Covid-19 começou a se espalhar pelo país”, diz a nota, assinada por Carlos Eduardo Oliveira Jr., assessor econômico da CNS.
Com informações da Agência Brasil