Valor Econômico: Websites de viagens querem decolar
27/02/2013GOVERNO DO MARANHÃO MANOBRA PARA DAR CALOTE EM CREDORES DO ESTADO
28/02/2013Moradores reclamam que muitos são usados como esconderijo de assaltantes e traficantes de drogas.
O Jornal Nacional mostrou, no sábado passado, que as delegacias de São Paulo estão abarrotadas de carros apreendidos, e muitos desses, de tão velhos, já viraram sucata. Nesta terça-feira (26), o repórter Walace Lara mostra que um tipo de poluição bem semelhante se espalhou por algumas ruas da cidade.
Há três anos na mesma rua, com os vidros quebrados. Os vizinhos contam que o dono mora perto e que pretende vender o carro. Mas sem muitas propostas, ele foi ficando abandonado.
Em outra região da periferia de São Paulo, peruas e vans antigas sem rodas: é um jeito que muitos proprietários encontraram para evitar a apreensão dos automóveis pela prefeitura. Sem rodas, é mais difícil rebocar. Outro carro foi deixado em uma área nobre da cidade. A sucata incomoda e preocupa os moradores.
“Carro que é abandonado não tem vidro. Choveu, entrou água. Na atualidade, vai cooperar para aparecer dengue”, afirma o professor de educação física Alberto de Souza.
Esses carros provocam ainda outros problemas. Moradores reclamam que muitos são usados como esconderijo de assaltantes e traficantes de drogas. Outros são transformados em depósito de entulho e lixo. Um deles, por exemplo, está cheio de roupas velhas.
A prefeitura diz que recolhe todos os dias das ruas de São Paulo oito carros abandonados, e estima que, de janeiro a setembro do ano passado, o gasto só com guincho foi superior R$ 9 milhões.
Os carros vão para os pátios da prefeitura e ficam à espera do dono. Se ele não aparecer, depois de três meses, o carro pode ir a leilão. Mas é um processo demorado e que leva em média dois anos e meio para ser concluído.
“Nós precisamos desburocratizar inclusive essa legislação para a gente ter processos mais rápidos, para a gente poder leiloar esses carros . Porque você estaria causando um bem danado ao meio ambiente”, explica o secretário de coordenação das subprefeituras, Chico Macena.
A advogada Patrícia Iglecias, especialista em direito ambiental, diz que o Brasil está muito atrasado nessa questão.
“As primeiras discussões europeias sobre o assunto ocorrem em 1975. Em outros países, a gente tem algo bem mais adiantado. O setor quer produzir, mas ele tem que buscar melhores tecnologias para que aquilo depois de sua vida útil gere menos resíduos”, aponta a advogada.