Uma “pandemia” de divórcios: quando conviver se torna necessário
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14/07/2020O Projeto de Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos (Avarc) – que reúne integrantes do Ministério Público do Estado de São Paulo – inaugurou uma área dedicada para coletar testemunhos de famílias das vítimas da pandemia do coronavírus. As cartas poderão ser enviadas de forma sigilosa para o memorial e ficarão lacradas na capsula do tempo em https://avarc.com.br/memorial/
De acordo com a coordenadora do projeto, a promotora criminal Celeste Leite dos Santos, a intenção é de ir além de prestar as condolências e honrar o luto. “Queremos obter dados que nos permitam obter informações relevantes para a compreensão dos efeitos desta – qualifiquemos assim – crise humanitária de alcance global sobre o nosso país. Vamos apurar quem são essas pessoas, qual é sua raça, a classificação sócio econômica, como pereceram à doença. De alcance nacional, temos a pretensão de colaborar com integrantes do Ministério Público de todo o país no sentido de se buscar responsáveis pela falta de atendimento adequado a doentes e aos profissionais da frente de combate que têm perecido”.
Não é uma caça às bruxas, afirma. O Ministério Público tem o dever funcional de zelar pela observância e pelo cumprimento da lei, dos direitos da coletividade, dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
– A crise da Covid-19 não se trata exclusivamente de números e muito menos de hábitos de prevenção. É mais profunda e dolorida. Expôs ineficiência de políticas públicas, corrupção na saúde tão ou mais grave do que da Lava-Jato, insensibilidade travestida de medidas de contenção.
No front – diz – o que se vê é fome, desemprego, profissionais de saúde e da segurança pública desassistidos, mortes em casa por falta de recursos. Queremos essas histórias porque cada ato que determinou a morte de alguem é consequencia de decisões político-administrativas que permitiram a criação de um estado de medo quase inadministrável. “Em suma, queremos saber quem morreu da Covid-19 ou de falta de assistência ao tratamento”.
O memorial da Avarc está integrado ao Higia Mente Saudável, iniciativa surgida no quadro de emergência da pandemia, responsável pelo atendimento de quase 30 mil pessoas, capacitação de 900 voluntários e recepção de 5,5 mil inquéritos e processos conectados à crise. O projeto Higia Mente Saudável distribuiu mais de 75 mil itens doados. Acessem o relatório neste link http://higiamentesaudavel.com.br/assets/REL_FINAL_MAR_MAI_2020.pdf. Participam representantes do Ministério Público do Estado de São Paulo, da Polícia Civil e Militar, médicos, enfermeiros, membros das Forças Internacionais da Paz, psicólogos, artistas plásticos, curadores de arte, organizações sociais e cidadãos voluntários de diversas áreas de especialização, diz a coordenadora do projeto, Celeste Leite dos Santos
O Projeto de Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos oferece à vítima de crimes a oportunidade de escuta ativa dos fatos ocorridos, participação em conferências restaurativas, encaminhamento de documentação visando a fixação de danos mínimos pelos prejuízos causados pelo crime e informação sobre o andamento do feito de que foi vítima. Seu principal objetivo é proporcionar à vítima um ambiente acolhedor que impeça ou combata os efeitos decorrentes da vitimização. Visa humanizar o atendimento prestado às vítimas. https://avarc.com.br/