Mercado de remédio manipulado cresce

Correio do Povo

São 7,8 mil estabelecimentos registrados no país. Manual orienta clientes

Substâncias podem ser ‘sob medida’, conforme necessidade de pacientes

O mercado de medicamentos manipulados cresce anualmente no Brasil. O Conselho Federal de Farmácia já registra 7,8 mil estabelecimentos registrados no país e aptos a atender às demandas dos 60 milhões de brasileiros que fazem uso desse tipo de remédio. Para orientar corretamente o uso dos manipulados, a Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais do Rio Grande do Sul (Anfarmag) elaborou um manual que pode ser consultado nas farmácias associadas à entidade.

De acordo com o presidente da Anfarmag/RS, farmacêutico Eduardo Aranovich de Abreu, o principal benefício do medicamento manipulado é a possibilidade de associação de substâncias em um tratamento. “Alguns pacientes precisam ser tratados com vários medicamentos ao mesmo tempo. A associação em uma substância pode trazer mais comodidade, economia e maior possibilidade de atendimento ao que foi prescrito e melhor adesão ao tratamento”, explicou. Segundo ele, o remédio feito “sob medida” diminui a chance de erro, pois, para produzi-lo, é preciso receita médica contendo o princípio ativo.

Os manipulados também podem ser a alternativa para quem busca um medicamento industrializado em falta no mercado. “O estabelecimento pode atender à prescrição manipulando o produto. Assim se evita a interrupção de um tratamento, o que pode agravar a condição do paciente”, reforçou. De acordo com Abreu, há casos em que o paciente tem dificuldade de engolir uma cápsula ou comprimido, por isso precisa de um medicamento líquido.

Idosos, crianças, prematuros e portadores de doenças renais ou hepáticas podem recorrer aos manipulados. “A farmácia especializada pode oferecer remédios em doses diferenciadas para atender às necessidades de cada paciente evitando prejuízos com sobras e danos ao meio ambiente com o descarte incorreto.”

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